A Ensaio de Guerra começou sua trajetória no sucesso. Por isso tivemos que catar o vocalista, Rodrigo Gondim, para uma entrevista da pesada.
1) O que é o ‘Ensaio de Guerra’?
O Ensaio de Guerra é a nossa vontade de debater com as pessoas sobre o nosso tempo. São posições, ou questionamentos sobre o homem e seus paradigmas individuais, sociais e políticos. Tudo isso expressado por letras contundentes e um som pesado, mas não sujo. Entendo isso como uma função do artista.
2) Como anda o retorno do público?
O álbum tem sido bem elogiado, algumas pessoas estão compartilhando as musicas frequentemente. E ao vivo percebemos uma coisa curiosa: quando você começa um trabalho, o foco principal são os amigos que vão aos shows pra dar aquela força. Conosco não é diferente. Mas ao final das apresentações a reação das pessoas é de surpresa, pela qualidade do que viram e pela forma como se sentiram envolvidas. Isso é muito gratificante. Fizemos um ensaio aberto em Agosto e a maioria das pessoas voltou para o lançamento em Novembro, além de ficar perguntando durante esse tempo sobre novos shows. Pra nós é um ótimo indicio de que estamos caminhando bem.
3) Que música tocava na casa em que você cresceu?
Eu gosto muito de fazer rock, pela força, mas ouço muito pouco. Minha formação é toda de MPB. Cresci ouvindo Milton, Lô Borges, Beto Guedes, Djavan, João Bosco, Caetano, Chico… Por causa da minha mãe, que também gostava muito de rock nacional, principalmente Titãs. Na adolescência conheci Oswaldo Montenegro e fiquei viciado. Junto com Legião, Engenheiros e Pearl Jam é minha maior influência. Mas não é uma característica só minha. Todos da banda, embora tenham uma cultura de rock maior, ouvem bastante MPB também, principalmente Chico Buarque.
4) Qual foi o primeiro disco que você comprou?
O meu primeiro disco foi “Cabeça Dinossauro” do Titãs. Não me lembro exatamente o primeiro que comprei, mas deve ter sido “Como é que se diz eu te amo” do Legião.
5) Que música fez você pensar: ‘eu realmente deveria estar em uma banda…’?
Fazia 5 anos que eu estava sem banda e sem compor. Um dia ouvi “Cidadão de Papelão” do Teatro Mágico, pensei: “Eu que devia ter escrito essa musica”. Foi o que me impulsionou a montar o Ensaio de Guerra.
6) Quem você está ouvindo no momento?
Voltei a ouvir muito Pearl Jam, System of a Down e Raul. Mas a última coisa que me apeteceu foi o CD do Alexandre Nero, como eu disse ouço muito MPB rsrs.
7) E na Zamus, que artistas têm lhe chamado a atenção?
Tapete Red, Lêmures e GranMostarda